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A importância da medição da qualidade da água e do monitoramento em tempo real

A água contém, geralmente, diversos componentes, os quais provêm do próprio ambiente natural ou foram introduzidos a partir de atividades humanas.

Para caracterizar uma água, são determinados diversos parâmetros, os quais representam as suas características físicas, químicas e biológicas. Esses parâmetros são indicadores da qualidade da água e constituem impurezas quando alcançam valores superiores ou inferiores aos estabelecidos e adequados para determinado uso. Abaixo está apresentada a definição desses 3 grupos de características da qualidade da água.

  • Físicas: são as características normalmente analisadas de forma sensorial (a partir da visão e do olfato) e também podem ser medidos por sensores, como: temperatura, cor, odor, sabor, turbidez, sólidos e condutividade.

  • Químicas: indicam a presença e a quantidade de elementos químicos diversos. Como existem milhões de substâncias químicas naturais e artificiais comercialmente disponíveis em produtos e bens de consumo, são escolhidas as principais para se avaliar a qualidade da água, entre elas: pH, alcalinidade, dureza, cloretos, ferro, manganês, nitrogênio, fósforo, fluoretos, oxigênio dissolvido (OD), matéria orgânica (COT), demanda química de oxigênio (DQO), demanda bioquímica de oxigênio (DBO), agrotóxicos, hidrocarbonetos e componente orgânicos e inorgânicos.

  • Biológicas: representam as características quali-quantitativas da presença de microrganismos indicadores e agentes patogênicos, sendo analisados parâmetros como coliformes, E. Coli, bactérias e algas.

Considerando a diversidade de usos da água, desde o consumo humano ao uso industrial, analisar a qualidade da água não é um procedimento trivial e deve ser planejado conforme o uso que será feito do recurso hídrico.

O uso potável é bastante restritivo e é bom senso que uma água de má qualidade pode afetar a saúde da população. As doenças de veiculação hídrica são responsáveis por mortes, especialmente de crianças, no mundo todo, mas notadamente em países subdesenvolvidos e carentes de infraestrutura de saneamento adequada. Mesmo não resultando em morte, doenças agudas e crônicas causadas por águas fora do padrão de qualidade resultam em perdas econômicas por causarem aumento das médias ausência e afastamento do trabalho e das atividades educacionais, fora o custo com saúde pública. É sabido que 1 real investido em saneamento economiza cerca de 4 reais dos gastos em saúde.

O uso da água nas indústrias têm exigências diferentes conforme o segmento e o uso específico. Na indústria alimentícia, a má qualidade da água, segundo dados das OMS (Organização Mundial da Saúde), é responsável por causar mais de 200 tipos de doenças nos consumidores, fato que torna a água potável uma obrigatoriedade para o processo produtivo neste tipo de indústria. Na indústria de autopeças, existe a necessidade de produção de água de alta qualidade para caldeiras e torres de resfriamento e usos que não necessitam de água com o mesmo nível de qualidade, para a lavagem de peças. Mas é na indústria farmacêutica onde provavelmente as exigências de qualidade são as maiores, com legislações específicas rigorosas e sistemas de tratamento com múltiplas etapas através de processos avançados como osmose reversa e eletrodiálise, entre outros.

A medição da qualidade da água dos corpos hídricos é também importante considerando a necessidade de atendimento à Resolução n° 357 de 2005, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), que classifica os corpos hídricos e define seus limites de qualidade em função dos possíveis usos que podem ser feitos dessas águas. Monitorar a qualidade da água bruta captada para uso ou tratamento pode evitar diversos problemas e prejuízos significativos.

Considerando todos esses custos e riscos, o monitoramento em tempo real, através de sensores e sistemas de telemetria, se torna um instrumento essencial para otimizar o processo de análise da qualidade da água, de modo mais eficiente, rápido e eficaz que procedimentos convencionais de amostragem e análise laboratorial. Quanto mais rápida for detectada uma anomalia, menor será o custo de readequação.

Fontes:

https://consultoradealimentos.com.br/boas-praticas/qualidade-agua-industria-alimentos/

https://tratamentodeagua.com.br/artigo/qualidade-da-agua/


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